Na primeira prova do Iberian Supercars, Campeonato de Portugal de Velocidade e Supercars Jarama RACE foram diversas as curiosidades ao longo de três dias no paddock. Selecionámos alguns dos temas mais interessantes.
Campeão noutras funções
Elias Niskanen foi um dos grandes protagonistas das duas últimas temporadas, tendo no ano passado lutado pelo título até à última corrida, ao lado de Nuno Pires, ao passo que em 2022 sagrou-se Campeão da categoria GT4 juntamente com Manuel Gião.
Este ano o piloto finlandês decidiu rumar a outras paragens, mas esteve presente na primeira etapa do Iberian Supercars e Campeonato de Portugal de Velocidade, desempenhando o papel de ‘coach’ de Paulo Macedo e Luís Calheiros, que no ano passado foram seus colegas de equipa na Lema Racing, formação onde se mantêm.
Niskanen deverá continuar a trabalhar com a dupla lusa do Mercedes AMG GT4, o que o tornará numa presença regular no paddock do campeonato.
As meninas mostram rapidez
Para a prova de Jerez inscreveram-se cinco pilotos femininas – Alba Cano, Beatriz Correia, Gabriela Correia, Jemma Moore e Nerea Martí.
Três delas inscritas na categoria GT4, uma das portuguesas na divisão GT4 Bronze, competindo sozinha aos comandos do Mercedes AMG GT4 da JC Group Racing Team, ao passo que as espanholas correm na GT4 Pro.
A inglesa esteve em pista aos comandos de um Ginetta G55, que dividiu com Fábio Mota, inscrito como “Invitational”, ao passo que Beatriz Correia deveria ter feito equipa com o seu pai, José Correia, aos comandos de um Cupra TCR, mas este não foi recuperado a tempo depois dos danos causados por um despiste na Rampa da Falperra.
Os resultados mais vistosos terão sido os de Nerea Martí, que subiu ao pódio nas duas corridas com o seu colega de equipa na BMW España Motorsport, José de los Milagros, mas tanto Alba Cano como Gabriela Correia mostraram potencial.
Na primeira corrida, a espanhola do Mercedes AMG da NM Racing Team que divide com Andy Cantu terminou em décimo na sua divisão e conquistou um bom oitavo lugar na segunda, ao passo que a portuguesa registou um prometedor sexto posto na primeira, na GT4 Bronze, vendo-se obrigada a abandonar na segunda.
Jemma Moore foi a segunda mais rápida na sua qualificação, dedicada a carros das categorias Turismo e GTC, e na primeira corrida conseguiu terminar num bom décimo terceiro posto, ao passo que na segunda foi obrigada a abandonar.
Ficou, portanto, evidente em Jerez que as pilotos femininas estão em alta no Iberian Supercars, Campeonato de Portugal de Velocidade e Supercars Jarama RACE, e serão, seguramente, responsáveis por inspirar jovens que olham para elas como exemplos.
Presença das marcas
A importância do Iberian Supercars, Campeonato de Portugal de Velocidade e Supercars Jarama RACE tem vindo a crescer e isso nota-se em diversos factores, sendo um deles a presença dos construtores nas boxes e padddock.
Em Jerez era possível ver engenheiros da Aston Martin, Mercedes-AMG e Toyota, prestando assistências às suas equipas, tendo a marca inglesa seis carros em pista, a alemã nove e a japonesa três.
A Aston Martin tem ainda dois pilotos da sua academia em competição – Mathieu Martins e Roberto Faria, ambos na Racar Motorsport – acreditando na competitividade do campeonato para treinar as suas jovens esperanças.
A partir da prova do Estoril, alguns construtores deslocarão aos circuitos camiões de assistência, aumentando a sua presença.
Contrariedades para a Art of Speed
A equipa Art of Speed deveria ter-se estreado nas competições da Race Ready com o seu Porsche 911 Cup entregue a Frederico Formiga e a Frederico Castro.
O Porsche participou nas sessões de testes privadas de sexta-feira, mas problemas na embraiagem durante os testes de sexta-feira não foram debeladas, o que impediu que a dupla da Art of Speed pudesse tomar parte no restante evento.
Espera-se que o Porsche da divisão Cup da equipa de Souselas possa surgir mais tarde na temporada.
Decoração IMSA do Toyota do Liberal
Luís Pedro Liberal estreou-se no campeonato e também aos comandos de um dos Toyota Supra GT4 EVO da Speedy Motorsport que ostentava uma decoração clássica e especial para os entusiastas da marca nipónica.
O esquema cromático da máquina japonesa remetia para os Toyota Celica Turbo que a All-American Racing desenvolveu com o apoio da marca nipónica e colocou em pista entre 1986 e 1988, conquistando diversas vitórias e o título de pilotos, com Chris Cord, no campeonato IMSA na classe GTO, incluindo o nº98 nas portas.
Luís Pedro Liberal teve um debute prometedor no campeonato, com um sexto e um quarto lugares na divisão GT4 Bronze, olhando para os resultados do carro que inspirou a decoração do seu Toyota Supra como uma motivação para continuar a evoluir.
McLaren Barcelona – SMC Motorsport com início desafiante
A McLaren Barcelona – SMC Motorsport não teve uma passagem fácil por Jerez, tendo de recorrer ao seu carro de reserva devido a um acidente nos testes de se sexta-feira.
No entanto, a formação espanhola não baixou os braços, tendo os seus pilotos inscritos na GT4 Bronze, Álvaro Gutiérrez e Sébastien Merchán, mostrado competitividade, ao assegurar um quarto posto na sua divisão na primeira prova e um quinto na segunda.
Rafael Muncharaz conquistou um pódio, terceiro posto, na GT4 Am no primeiro confronto do evento e um quarto lugar no segundo, tendo protagonizado um início de temporada positivo no Iberian Supercars aos comandos do seu McLaren 570S GT4 decorado com as icónicas cores da Gulf.
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