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Campeonato Portugal Velocidade

Os 5 factos de 2024 segundo Diogo Ferrão


Quando estamos a meio da temporada deste ano do Campeonato de Portugal de Velocidade é já evidente que 2024 é uma grande colheita, com grelhas numerosas e de grande qualidade que proporcionam corridas emocionantes ao muito público e telespectadores que as seguem. Pedimos a Diogo Ferrão que partilhasse connosco quais os momentos e/ou factos mais marcantes da época.

 

O CEO da Race Ready, o organizador dos três campeonatos, chefia a equipa que monta o puzzle que é organizar um campeonato e cada um dos eventos, tendo assim uma visão próxima de cada um dos acontecimentos que têm vindo a marcar a temporada, que está no seu ponto meridional.

 

Quando estão concluídas as passagens por Jerez, Jarama e Estoril, Diogo Ferrão não tem dificuldades em encontrar os momentos e/ou factos que fazem de 2024 um ano de sucesso para o ICampeonato de Portugal de Velocidade.




 

 

Participação massiva nas competições


Se em 2022 me dissessem que, dois anos depois, teríamos grelhas de quarenta carros, haveria uma forte possibilidade de não acreditar. Não que não tenha confiança na validade do projecto que abraçámos, mas porque criar um campeonato, garantir uma imagem de credibilidade e estabilidade, demora tempo.

 

Mas de facto, em 2024, temos tido uma média de mais de trinta carros na grelha de partida e não é apenas quantidade, existe também muita qualidade no que diz respeito a pilotos, equipas e carros.

 

Penso que é uma prova cabal de que o mundo do automobilismo ibérico acredita em nós, na forma séria e consistente como abordamos o campeonato e cada um dos pilotos e equipas. Vamos continuar a trabalhar, melhorar qualquer aspecto menos positivo para que possamos evoluir ainda mais e possamos continuar a merecer a confiança de todos.

 

 

Corridas emotivas até ao fim


Um dos grandes momentos da temporada é, sem qualquer dúvida, o final da segunda corrida de Jerez.

 

A prova decidiu-se na última volta, depois de César Machado ter ultrapassado Miguel Lobo para a liderança, e os três primeiros, em carros de marcas diferentes, cruzaram a linha de meta separados por apenas 1,126s ao cabo de quarente e cinco minutos de acção, com a Nerea Martí a apenas 0,003s do piloto do Porsche da Veloso Motorsport.

 

Este é o exemplo mais claro de como as provas da temporada deste ano são disputadas, mas as intensas lutas por posições são a nota dominante de todos os eventos de 2024 e tanto na passagem por Jarama como a pelo Estoril assistimos a duelos que empolgaram o público e os telespectadores.

 

Penso que o nível está muito elevado e isso ajuda a que as corridas fiquem mais entusiasmantes, mas os regulamentos promovem também esta competição – tanto o desportivo, como o técnico – e isso é visível em pista.

 



 

Exposição televisiva ibérica


Desde 2022 que temos transmissões televisivas em Portugal, mas somos um campeonato de dimensão ibérica. Faltava-nos ter presença televisiva em Espanha, para podermos dar exposição mediática aos pilotos, equipas e patrocinadores espanhóis e para que pudéssemos chegar a mais público, até porque hoje vivemos num mercado verdadeiramente ibérico, com departamentos de marketing dedicados à península, ao invés de a cada um dos países.

 

Este ano conseguimos um acordo com a DAZN España, conseguindo suprir essa falha, o que nos permite ter agora uma cobertura televisiva ibérica, juntamente com a A Bola TV, para além das transmissões que realizamos nas nossas redes sociais.

 

É mais um passo que damos na construção de um campeonato com mais exposição mediática, tornando-o mais forte e apelativo para pilotos, equipas, patrocinadores e adeptos, mas podemos ainda melhorar e é nisso que estamos focados.

 



 

Aderência do público


Temos grelhas de partida numerosas, interessantes e de grande qualidade, e isso é um dos objectivos que desejávamos alcançar, mas queremos também ter público nas pistas, para que os fãs possam vibrar com as nossas corridas e passar a palavra a outros adeptos. No fundo, queremos que cada evento seja uma grande festa.

 

Esta ano já tivemos muita gente, tanto em Jarama como no Estoril, sendo possível ver bancadas com muita gente, ao passo que os paddocks estiveram bem cheios e conseguia perceber-se que as pessoas estavam entusiasmadas, o que nos deixa a garantia de que poderão voltar em novos eventos.

 

Para além disso, verificámos muitos nomes sonantes, há muitos anos afastados dos paddocks, a regressar para assistir às nossas corridas, o que demonstra que existe um grande interesse em redor do Campeonato de Portugal de Velocidade .

 

 

Presença das marcas

Não posso garantir, mas penso que há já algumas décadas que um campeonato ibérico não tinha tanta presença das marcas, com a Aston Martin Racing, BMW M Motorsport, a Mercedes AMG e a Toyota Gazoo Racing a enviarem para as corridas camiões de assistência e engenheiros, havendo ainda equipas apoiadas pelos importadores da Aston Martin, BMW, McLaren e Toyota.

 

Isto evidencia a importância crescente da competição a nível europeu, sendo hoje em dia um dos mais participados da categoria GT4 no Velho Continente.

 

As equipas beneficiam com isto, uma vez que têm acesso a apoio directo das marcas, permitindo-lhe poupar, uma vez que não são obrigadas a ter um conjunto alargado de peças sobressalentes.

 

Vamos continuar a trabalhar para que mais construtores possam também estar presentes no nosso paddock e fortalecer ainda mais o campeonato.





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