César Machado e Jan Durán e selaram o título da divisão GT4 Pro e da geral absoluta GT do Campeonato de Portugal de Velocidade com uma vitória na segunda corrida da ronda do Autódromo do Estoril, ao passo que a Veloso Motorsport conquistou o ceptro de Equipas.
Depois do azar da primeira corrida do dia, quando tiveram problemas com o volante do seu carro, o duo do Toyota GR Supra GT4 da Speedy Motorsport voltaram à sua forma habitual, vencendo, mas não foi um passeio.
O jovem espanhol arrancou da pole-position e manteve o comando, mas Francisco Mora, que alinhou no segundo posto, estava determinado em ascender à liderança e a construir uma vantagem que lhe permitisse cumprir o handicap que a dupla do Porsche 718 Cayman GT4 da Veloso Motorsport teria de cumprir devido à sua vitória na primeira corrida do programa.
A primeira parte do programa foi cumprida, com uma ultrapassagem musculada, mas a segunda mostrou-se mais difícil de alcançar, uma vez que Jan Durán, depois de ter descido para segundo, manteve-se no encalço do comandante, nunca deixando que este abrisse uma vantagem que pudesse cobrir o seu handicap nas paragens nas boxes.
Foi com naturalidade que, quando as trocas de pilotos foram completadas, César Machado, que não tinha handicap para cumprir, assumiu a liderança aos comandos do Toyota que divide com o espanhol, passando a gerir o andamento relativamente a Gonçalo Fernandes, que recebera o Porsche de Francisco Mora.
Apesar de um Safety-Car tardio, devido a um incidente entre José Carlos Pires (Aston Martin Vantage AMR GT4 da Racar Motorsport) e Vasco Oliveira (Aston Martin Vantage AMR GT4 da Araújo Motorsport), o duo da Speedy Motorsport não teve dificuldades em vencer, selando com isso o título da GT4 Pro e da categoria geral de GT do Campeonato de Portugal de Velocidade, juntando-os aos que já tinham obtido no Iberian Supercars e no Supercars Jarama RACE.
Gonçalo Fernandes cruzou a linha de meta no segundo posto, o que assegurou a Francisco Mora o Vice-Campeonato, ao passo que Manuel Gião e Mathieu Martins, em Aston Martin Vantage AMR GT4 da Araújo Motorsport, terminaram a corrida no terceiro posto e o campeonato na mesma posição.
Patrick Cunha e Jorge Rodrigues, em Audi R8 LMS GT4 da Veloso Motorsport, tiveram um intenso duelo com José Carlos Pires, em Aston Martin Vantage AMR GT4 da Racar Motorsport, pela vitória na GT4 Bronze.
Ainda durante o primeiro ‘stint’, o piloto do carro inglês, ultrapassou o seu adversário na Parabólica, acabando Patrick Cunha por fazer uma excursão a alta velocidade pela escapatória de saída na mesma curva, controlando com mestria o seu carro, mesmo que com algumas posições perdidas.
O piloto da Racar Motorsport liderou a classificação da GT4 Bronze durante a maior parte da corrida, mas já perto do final da corrida, ao tentar ultrapassar Vasco Oliveira, em Aston Martin Vantage AMR GT4 da Araújo Competições, os dois envolveram-se num incidente, acabando ambos fora de corrida.
A desistência de José Carlos Pires foi determinante para a decisão do título de equipas, que ficou nas mãos da Veloso Motorsport.
Miguel e André Nabais, depois de terem conquistado o ceptro da GT4 Am na corrida matinal, não tiveram dificuldades em assegurar o triunfo na segunda, celebrando da melhor forma o feito de hoje, depois de uma temporada bastante difícil.
Também Daniel Teixeira pôde celebrar o título garantido na primeira prova do programa com um triunfo na segunda, até porque o Cupra TCR da JC Group Racing Team, dividido por José Correia e Beatriz Correia, não pôde alinhar da parte devido a problemas na caixa de velocidades.
Na TC, depois do infortúnio matinal, Rodrigo Ferreira e Gabriel Caçoilo venceram a corrida, mas isso não impediu que João Oliveira vencesse o ceptro da divisão com o segundo posto obtido com Henrique Ventura Oliveira aos comandos de um dos três Ginetta G40 da FPAK Junior Team.
Um dos grandes motivos de interesse da corrida foi a luta pelo ceptro da divisão GTX, em que os grandes protagonistas eram Andrius Zemaitis, em Porsche Cayman GT4 operado pela Speedy Motorsport, e Simon Moore e Tomás Pinto Abreu, em Ginetta G50 da Tockwith Motorsports.
Ainda com tudo por decidir, na última volta, no recomeço após a saída do Safety-Car, Tomás Pinto Abreu lançou um ataque a Andrius Zemaitis, ganhando o segundo posto, o que lhe daria a si e ao seu colega de equipa o título. No entanto, no processo os dois carros tocaram-se e o piloto do Ginetta foi penalizado com cinco segundos, o que o atirou para o terceiro lugar final da divisão e entregando o título da GTX a Andrius Zemaitis.
Imunes a tudo isto, Gracie Mitchell e Henrique Cruz venceram a divisão na estreia da jovem piloto inglesa no campeonato, após o prematuro abandono do Duarte Camelo e Pompeu Simões.
Na Cup, Rui Miritta e Tiago Gonçalves levaram a melhor no duelo dos Porsche 911, tendo a dupla da Monteiros Competições batido João Posser, da Veloso Motorsport.
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