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Como viram os narradores de TV a temporada até agora

  • Campeonato Portugal Velocidade
  • 33 minutes ago
  • 5 min read
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O Supercars Endurance entra na sua pausa de Verão, depois de três eventos em que a incerteza quanto aos vencedores foi um denominador comum a todas as corridas. Pedimos aos narradores das corridas para nos darem as respectivas opiniões sobre a temporada já realizada e antever o que ainda falta.

 

A meio da época de 2025, os três campeonatos organizados pela Race Ready – Iberian Supercars, Campeonato de Portugal de Velocidade e Supercars España – encerram a primeira metade da temporada com sinais claros de vitalidade e competitividade.

 

A pausa de Verão surge após passagens pelos circuitos do Algarve, Jarama e Vila Real, e antecede um final de temporada intenso, com seis corridas por disputar, em Valência, Jerez e Estoril.

 

Com grelhas numerosas e diversidade técnica entre os carros, o equilíbrio tem sido o denominador comum desde a ronda inaugural.

 

Em Portimão, o número recorde de inscritos obrigou à divisão da grelha, confirmando o crescimento sustentado do projecto. Para Miguel Roriz, narrador das três competições para as transmissões televisivas da DAZN em Portugal, esse foi o momento mais revelador da época até agora: “a vitalidade do campeonato permitiu a organização a fazer quatro corridas em Portimão, tendo sido impressionante”, um sentimento partilhado por Adam Weller, voz internacional do Supercars Endurance – figura que abarca o Iberian Supercars, o Campeonato de Portugal de Velocidade e Supercars España: “o facto de a grelha ter sido dividida em duas foi um sinal evidente da saúde da competição actualmente. Foi uma confirmação de que o trabalho da Race Ready deu frutos”.

 

A corrida de abertura em Portimão deixou uma marca forte. Três construtores diferentes estiveram envolvidos numa luta decidida por sete décimas, tendo os triunfadores – César Machado e Rafael Lobato, em Toyota GR Supra GT4 EVO2 da Speedy Motorsport – se imposto apenas por 0,020s face a Mathieu Martins e Roberto Faria, em Aston Martin Vantage AMR GT4 da Racar Motorsport.

 

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Christian Traginer, o narrador para as transmissões em espanhol, destaca-a como o primeiro momento-chave do ano: “houve duas corridas decididas por menos de um segundo, a primeira de Portimão e a primeira de Jarama, ambas fruto de lutas brilhantes nas voltas finais. Embora a de Jarama também tenha tido um desfecho emocionante, destaco aquela que abriu a temporada do Iberian Supercars, com os três primeiros a cruzarem a linha de meta separados por apenas sete décimos. Mais ainda, entre o primeiro e o segundo houve somente vinte milésimos. Ainda mais notável foi ver um Toyota, um Aston Martin e um Mercedes a lutar pela vitória lado a lado. Sem dúvida, uma daquelas corridas que marcam uma temporada e que vale a pena rever nos anos vindouros, porque são as que alimentam a paixão pelo automobilismo.

 

A segunda ronda, no traçado madrileno do Jarama, trouxe outro momento memorável, tal como já foi avançado pelo comentador da DAZN em Espanha. A primeira corrida foi imprevisível até ao fim e alterou o rumo da temporada para a Nerea Martí e José de los Milagros, BMW M4 GT4 da BMW España Motorsport. “Foi o Supercars Endurance no seu melhor, cheio de momentos inesperados e de inflexão e um vencedor que mudou a narrativa da temporada da BMW España Motorsport”, sublinhou Adam Weller.


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Em Vila Real, a chuva, poucos minutos antes da partida da primeira corrida, baralhou estratégias e elevou o grau de dificuldade num dos traçados mais exigentes do calendário. Para Traginer, foi também um momento marcante: “a chuva, que caiu minutos antes da partida, complicou bastante o trabalho de pilotos e engenheiros. Nunca tinha narrado uma corrida naquele circuito, e impressionou-me tanto a velocidade média do traçado como a proximidade com que se rola dos muros. Sem dúvida, um circuito que não perdoa erros e no qual a audácia do piloto faz a diferença”.

 

Do ponto de vista desportivo, a primeira metade da época tem sido marcada pela consistência de Roberto Faria e Mathieu Martins, que lideram os três campeonatos. A dupla tem-se mostrado competitiva em todo o tipo de traçado, mas a vantagem é curta e o equilíbrio técnico entre as marcas – Toyota, Aston Martin, BMW, Porsche e Mercedes-AMG – mantém tudo em aberto.

 

Francisco Abreu e Francisco Mora (Toyota Gazoo Racing Caetano Portugal), César Machado e Rafael Lobato (Speedy Motorsport), ambas as duplas em Toyota GR Supra GT4 EVO2, entre outros, mantêm-se em posição de ataque.

 

Adam Weller destaca a forma da dupla do Aston Martin da Racar Motorsport, mas recusa qualquer previsão para a restante temporada: “é evidente que o Roberto Faria e o Mathieu Martins atravessam um período de forma bastante forte este ano, liderando todos os campeonatos. Apresentam-se como os favoritos mais óbvios, mas esta competição raramente é um exercício de previsibilidade do princípio ao fim. Creio que haverá pelo menos uma equipa que, tendo tido uma época relativamente discreta até agora, encontrará o seu ritmo e lutará pela glória do título nas derradeiras jornadas. Roriz acrescenta que na restante temporada “espero o mesmo nível de equilíbrio que tivemos até agora”.

 

A segunda metade da temporada terá início em Valência, em Setembro, antes de rumar a Jerez e ao Estoril. Com seis corridas por disputar, todas as classificações continuam em aberto, e as variáveis externas poderão ter papel determinante, antecipando Christian Traginer um final de época muito disputado.

 

“À partida, pode parecer que os pilotos e equipas espanholas partem com certa vantagem dada esta circunstância (n.d.r.: faltam mais circuitos espanhóis que portugueses), mas as diferenças entre todos eles são tão apertadas que é difícil fazer prognósticos”, apontou o narrador espanhol, que continuou: “os Toyotas têm-se comportado bem em todo o tipo de traçados e provavelmente continuarão fortes. Mas os Aston Martin, BMW, Porsche e Mercedes não lhes facilitarão a tarefa. Valência é um circuito onde os carros costumam rodar muito próximos. Jerez, em Outubro, poderá trazer chuva e acrescentar ainda mais incerteza ao desfecho. O Estoril encerrará a temporada. É um circuito clássico, bem conhecido por todos os pilotos, e que costuma apresentar condições meteorológicas variáveis. Em suma, seis corridas que prometem emoção e resultados imprevisíveis”.

 

O campeonato entra agora numa breve pausa de Verão, mas as expectativas para o regresso são elevadas. O Valencia Iberian Racing Festival, a 13 e 14 de Setembro, marcará o arranque da fase decisiva da temporada, num contexto de grande equilíbrio competitivo e com várias equipas ainda na luta pelo título. Com grelhas cheias, corridas decididas por milésimos e uma diversidade técnica rara, o regresso às pistas promete manter a fasquia alta.


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